São Paulo, quinta-feira, 19 de dezembro de 1996
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TBC cairá para 1,70%; Bolsas têm alta

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Comitê de Política Monetária do Banco Central fixou na noite de ontem, em 1,70%, a TBC (Taxa Básica do Banco Central) para janeiro, confirmando a queda gradual dos juros básicos da economia.
Neste mês a TBC é de 1,74%. O mercado esperava taxa entre 1,70% e 1,72% para o mês que vem. A Tban (Taxa Básica de Assistência do Banco Central) cairá de 1,90% para 1,88%. TBC e Tban são encaradas no mercado como piso e teto dos juros primários.
O BC atuou no mercado de dólar, comprando a moeda norte-americana, cujas cotações no mercado para pronta entrega caíram abaixo do piso da minibanda. O BC comprou dólar a R$ 1,0375, cotação de compra do final do dia. Para venda, era de R$ 1,0377.
No mercado futuro para entrega em abril a cotação subiu 0,2%.
Bolsas
A Bovespa subiu ontem 1,85%, movimentando R$ 728 milhões. Telecomunicações e CPMF (o novo "imposto do cheque") foram o mote para o entusiasmo no dia.
No caso das telecomunicações, a Bolsa de Valores de São Paulo continuou refletindo o resultado do leilão da CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações), realizado na terça-feira.
Segundo cálculos de analistas do mercado, o resultado do leilão demonstrou que as ações das empresas do setor de telecomunicações -que devem ser privatizadas a partir do próximo ano- ainda têm espaço para subir.
No item CPMF, o diretor do Banco Central Gustavo Franco foi quem deu sinais de que ainda é possível deixar os investidores estrangeiros livres do tributo.
Franco mais uma vez defendeu a isenção nas operações de compra e venda de ações com recursos externos, que, no caso de de serem tributadas, poderiam provocar uma queda no volume de negócios -especialmente com Telebrás.
A Bolsa de Nova York fechou ontem com alta 0,61%, impulsionada pelos negócios com as ações de empresas do setor de tecnologia -como IBM e Intel- e pela queda dos juros nos títulos da dívida norte-americana de longo prazo.
O Dow Jones reforçou sua tendência de alta, depois que o Fed (o banco central dos EUA) decidiu não mexer nos juros.

Com agências internacionais

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