São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 1996
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Brancaleone é bar que respeita a boa mesa

JOSIMAR MELO
DA REDAÇÃO

Território privilegiado dos bares-restaurantes (locais que são principalmente bares, com uma cozinha somente para constar), a Vila Madalena tem algumas casas que invertem a fórmula, o que poderíamos chamar de restaurantes-bares. Exemplo: o Brancaleone.
No restaurante-bar há uma certa informalidade, até mesmo uma complacência em relação ao uso do local, que deixa à vontade o público que vai apenas encontrar amigos e beber alguma coisa. Como no Brancaleone, que tem uma frequência movimentada, uma decoração (meio mediterrânea, meio arabesca) efusiva, e até mesas ao ar livre que convidam aos bebericos de verão.
Mas a idéia dos proprietários, desde a abertura em abril último, era fazer dali um restaurante.
Com a idéia básica estabelecida, partiu-se para a definição do cardápio, que terminou italiano, com pinceladas orientais para não perder o bonde da "fusion cuisine", que está na moda. Os preços são bem razoáveis.
Os petiscos que se pode pedir como entrada são os crostini: os melhores são de berinjela e funghi, mas há também um (com gosto de sanduíche natureba) de cenoura crua com coalhada seca e outro com sabor antepassado de atum.
As saladas verdes têm variações (como kani e frutas ou filé picado), e uma delas combina penne com rúcula, pinoli e tomate seco.
No quesito massas há opções interessantes como farfalle com molho de salmão picado, hortelã e pinoli passados no azeite, e orecchiette com brócolis e lula.
Já os rotelli têm um molho com mais ingredientes que atrativos (tomate, pimentão, azeitona, berinjela e alcaparra).
Carnes (filé e frango) e peixe (salmão) são feitos na chapa e podem ser pedidos com molhos de ervas, gergelim ou maracujá. Além de dois tipos de acompanhamentos, entre eles um gostoso shitake na manteiga com saquê e shoyu, arroz selvagem no ponto, ou opções brasileiras: farofa de banana e arroz e feijão.
(JM)

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