São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 1996
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Japão e Peru agem juntos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Uma eventual invasão pela polícia peruana na casa do embaixador do Japão no Peru, onde guerrilheiros mantêm centenas de reféns, dependerá de entendimentos entre os governos dos dois países.
A iniciativa não pode partir apenas do governo do Peru, porque o local é considerado como pertencente ao governo japonês.
Na diplomacia, as áreas ocupadas como sede da embaixada, residência do embaixador, consulado e casa do cônsul-geral são tratadas como territórios do país que tem a representação.
O governo do Japão já enviou uma delegação para acompanhar os desdobramentos da ação do grupo guerrilheiro e negociar tentativas de solução, juntamente com o do Peru.
O MRTA invadiu na noite de terça-feira a casa do embaixador do Japão em Lima, Mosihiro Aoki, durante uma festa. Havia cerca de 600 pessoas no local.
O movimento ameaça matar os reféns, se o governo não libertar mais de 400 presos e promover mudanças na economia peruana.
Os dois governos terão de estar muito afinados em torno de uma operação contra os guerrilheiros do MRTA (Movimento Revolucionário Tupac Amaru) para que o governo do Peru dê uma ordem de invasão da casa à força policial local.
Representantes dos países que têm diplomatas como reféns pressionam o governo peruano a aceitar negociar com os guerrilheiros.
Eles temem que uma eventual ação policial provoque ferimentos ou morte de reféns. Anteontem, os 15 países da União Européia pediram conjuntamente ao governo do Peru a preservação da vida dos diplomatas tomados como reféns.

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