São Paulo, sábado, 21 de dezembro de 1996 |
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Fábrica da Fiat na Argentina vai produzir 120 mil carros por ano Unidade vai fabricar versão cinco portas do modelo Palio CARLA ARANHA SCHTRUK
O Palio, versão cinco portas, será o primeiro modelo a ser montado na nova fábrica. O Palio é o carro mundial da marca. Foi lançado no primeiro semestre deste ano no Brasil em duas versões: duas e quatro portas. O Palio cinco portas não será fabricado em Betim (MG). A Fiat vai vender no Brasil o modelo produzido na Argentina. O Palio já é o segundo carro mais vendido no Brasil. A versão com motor 1.0 é lider do mercado de carros "populares". A nova unidade também vai fabricar o novo Fiat Siena, que começará a ser comercializado na Argentina a partir de abril do ano que vem. O Siena é um sedã -cinco portas- de linhas arredondadas e tamanho médio, voltado à classe B e C. Seu preço ainda não foi divulgado. Novos modelos A previsão é que a nova fábrica produza também outros modelos, entre eles um furgão e uma picape. A empresa não revelou nomes e preços dos novos modelos. "Estamos investindo na Argentina porque o Mercosul será nosso principal mercado internacional", diz Paolo Cantarella, 56, superintendente do Grupo Fiat. Durante o encontro na Argentina, a Fiat também adiantou qual foi o desempenho da empresa no Brasil neste ano. O faturamento do ano deverá ser de US$ 7 bilhões, em média, e a produção total vai girar em torno de 450 mil unidades -os números ainda não foram fechados. A expectativa para 1997 é que sejam produzidos 500 mil carros. Investimento Para aumentar seu mercado nos países do Mercosul, a Fiat investiu US$ 600 milhões na fábrica de Córdoba, além de outros US$ 40 milhões que foram aplicados em treinamento de mão-de-obra. Foram criados 5.000 empregos diretos e mais 15 mil indiretos, segundo a empresa. Os países do Mercosul -Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai-, com cerca de 200 milhões de consumidores, deve representar uma taxa de crescimento anual de 5% a 10% para a indústria automobilística na região, de acordo com a Fiat. Até o ano 2000, a expectativa é que o aumento na produção seja de 10% ou 15% nesses países. "Para nós é fundamental esse mercado. Mas também vamos investir na Polônia, Turquia, Índia e China", afirma o superintendente Paolo Cantarella. Entre os planos para os próximos anos está a criação de um modelo mundial que deverá substituir o Tempra. "Posso dizer que será um carro maior do que o Tempra. Mas ainda estamos estudando a idéia." Texto Anterior: Governo admite rever incentivo para NE Próximo Texto: Administração da Ford deixará o Centro Empresarial em 1997 Índice |
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