São Paulo, sábado, 21 de dezembro de 1996 |
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Franceses prestam homenagem silenciosa a Marcello em Paris
BETINA BERNARDES
A igreja fica a duas quadras do apartamento do ator em Paris. Mastroianni morreu de câncer no pâncreas na manhã de anteontem. Às 15h10, o corpo foi retirado do apartamento e colocado em um furgão da prefeitura. Catherine Deneuve, sua filha com o ator, Chiara Mastroianni, e Flora Carabella, que também foi casada com o ator, também entraram no furgão. Uma multidão de cerca de 300 pessoas, que estava em frente ao prédio, acompanhou o veículo até a igreja. Na praça Saint-Sulpice, cerca de 3.000 pessoas, segundo a polícia, aguardavam a chegada do cortejo. A missa começou e a igreja não foi suficiente para acolher todos os fãs. Anônimos se misturavam a rostos conhecidos, como os de Marco Ferreri, Jean-Paul Rappeneau, Bertrand Blier, Anouk Grinberg, Isabelle Huppert, Anouk Aimée, Gérard Depardieu e Fanny Ardant. O ministro da Cultura, Philippe Douste-Blazy, e a mulher do prefeito de Paris, Xavière Tiberi, também compareceram. Durante a missa, predominou o silêncio. Apenas a voz do padre ecoava na igreja. Coube a Blier protagonizar um dos momentos mais emocionantes da homenagem, fazendo um discurso sobre Mastroianni. "Pensamos em quantos quiseram ser como ele -e aí falo dos homens- e quantos quiseram estar a seu lado -falo das mulheres", disse. No final da celebração, os alto-falantes tocaram trechos da trilha sonora de "A Doce Vida". Ontem, Madonna também homenageou Mastroianni ao chegar em Roma. A cantora e atriz dedicou o lançamento de "Evita" na Itália ao ator. "Ele foi um dos melhores presentes que a Itália deu ao mundo", disse. O ator Antonio Banderas também dedicou o lançamento do filme ao ator italiano. Texto Anterior: Italiano soube resistir a Hollywood Próximo Texto: Brown lança projeto de escola Índice |
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