| São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 1996 |
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Gasto do usuário cai em 50%
LUCIA MARTINS
O valor de uma ligação local caiu de US$ 0,31 para US$ 0,15. O aluguel de uma linha comercial por três meses foi de US$ 142 a US$ 70. "Os preços caíram sem que houvesse perda da qualidade", diz James Foreman-Pack, professor da Universidade de Oxford e autor do livro "Propriedade Pública e Privada no Reino Unido". Cerca 150 empresas prestam serviços de telefonia. A BT (British Telecomunication) tem cerca de 49% do mercado de telefonia fixa, e a Mercury responde pela metade do mercado de celulares. As outras companhias oferecem serviços específicos, como tarifas especiais para chamadas internacionais ou secretárias eletrônicas. Ao todo, são cerca de 30 milhões de linhas comuns para uma população de 58 milhões. Não há cifras sobre o número de celulares. Sem espera Para o médico Mark McGuiness, 45 -usuário do sistema há mais de 20 anos e dono de um celular e duas linhas comuns, uma delas só para fazer ligações internacionais- a mudança é muito grande. "Cheguei a esperar seis meses por uma linha antes da privatização. Hoje, em dois dias é possível ter uma", afirma. Uma outra vantagem apontada por Foreman-Pack é a boa conservação dos telefones públicos. "Eles costumavam ser sujos e quebrados. O contrato de privatização exige que as empresas façam a manutenção." O empresário John Sweitp, 51, que usa o sistema desde que tinha 18 anos (quando foi morar sozinho), concorda que houve melhoras nos preços e na qualidade, mas afirma que, após a privatização, o sistema ficou muito impessoal. Texto Anterior: Só duas telefônicas dividem o mercado Próximo Texto: Governo vai arrecadar R$ 15 bi com a venda de telefônicas Índice |
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