São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 1996
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CGT fará greve contra medidas de Menem logo depois do Natal

Sindicalistas chamam paralisação de 'greve com sidra'

RODRIGO BERTOLOTTO
DE BUENOS AIRES

Pela sexta vez no governo de Carlos Menem, a Argentina deve parar. A Confederação Geral do Trabalho decidiu realizar uma greve geral no próximo dia 26.
A paralisação será em represália aos decretos que Nenem assinou, descentralizando as negociações salariais e tirando da mão dos sindicatos os planos de saúde, principal fonte de renda das agremiações.
"Os decretos de Menem deram uma punhalada nas costas dos trabalhadores", disse Rodolfo Daer, presidente da CGT.
A reunião que decidiu pela greve começou na tarde de anteontem e entrou pela noite.
Ao contrário das greves anteriores, desta vez não haverá mobilização nas ruas -muito menos concentrações e protestos na frente da Casa Rosada, sede do governo.
Por ser o dia seguinte ao Natal, a CGT decidiu que os trabalhadores devem ficar em casa. Os próprios sindicalistas apelidaram a paralisação de "greve com sidra".
O ministro do Trabalho, Armando Caro Figueroa, disse que o governo não teme uma nova greve e seguirá com outros decretos de flexibilização trabalhista. O próximo passo deve ser o fim do fundo de garantia para demissões nos novos contratos de trabalho.

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