São Paulo, sábado, 28 de dezembro de 1996
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Câmara aprova Orçamento e IPTU de 97

RICARDO FELTRIN
DA REPORTAGEM LOCAL

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou ontem em segunda e última votação os projetos do Orçamento 97 e a alíquota de 0,6% do IPTU (Imposto Predial Territorial e Urbano) para o ano que vem.
A votação foi tumultuada. Duas sessões para apreciar as matérias já haviam sido adiadas.
A bancada do PT conseguiu incluir na pauta a votação a anistia do IPTU de 92, mas esse item não havia sido votado até o fechamento desta edição.
A alíquota de 0,6% aprovada para o IPTU é a mesma cobrada hoje pela prefeitura.
No entanto, o Executivo deve publicar nos primeiros dias de janeiro um decreto municipal reajustando, pela inflação de 12 meses, os valores contidos na planta genérica de valores.
A planta é uma tabela com índices de valores imobiliários usada para o cálculo do IPTU.
O reajuste deve ficar entre 10% e 12%, segundo vereadores do PPB.
Para reajustar a planta genérica, o prefeito não precisa pedir autorização à Câmara.
Trata-se de uma atribuição exclusiva do Executivo.
Orçamento
No Orçamento, foram mantidos R$ 50 milhões para o fura-fila (que pode ganhar mais verbas através de suplementações em 97), R$ 500 milhões para o PAS e, principalmente, uma porcentagem de 10% de remanejamento de verbas orçamentárias pelo prefeito.
Além desses 10%, foi aprovado um índice de mais 20% de possibilidade de manobra de verbas destinadas a "investimentos".
Na prática, segundo contabilistas, isso permitirá que Pitta manobre até 17% de um total de R$ 6,8 bilhões do Orçamento -estimado em R$ 7,6 bilhões.
A aprovação desses percentuais de remanejamento foi considerada a primeira vitória política de Celso Pitta.

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