São Paulo, sábado, 28 de dezembro de 1996 |
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Petrobrás e a YPF negociam parceria
RODRIGO BERTOLOTTO
A informação é do presidente da YPF, Nells León. "Os futuros postos não competirão com os da Petrobrás. A idéia não é canibalizar o mesmo mercado, mas buscar zonas onde nossa sociedade possa resultar rentável", disse León. Ainda não foi acertado se os postos terão a marca YPF ou adotarão o nome YPF-Petrobrás. Cartão de crédito A empresa argentina também propõe que exista um cartão de crédito para o consumo de combustível que seja aceito em todos os postos YPF e Petrobrás. Dessa forma, o portador do cartão poderia abastecer nos postos das duas marcas nos dois territórios dos principais sócios do bloco econômico Mercosul. "'A Argentina está aberta para a instalação de postos estrangeiros, mas estamos analisando se essa associação também se estenderá à Argentina", disse León. As conversações tendem à criação de uma "complementação logística" para o abastecimento das cidades fronteiriças e o refinamento de petróleo cru do Brasil em refinarias argentinas. Caso a negociação seja bem-sucedida, a YPF colocará seu pé em seu quarto país. Multinacional Yacimientos Petrolíferos Fiscales, estatal que monopolizou o setor na Argentina por 40 anos, foi privatizada pelo governo de Carlos Menem e já se transformou em uma multinacional. A empresa tem hoje 86 postos no Chile e mais 35 em Lima, capital peruana. A YPF planeja uma expansão no interior do Peru, com a abertura de 85 postos. A petroleira argentina comprou ainda uma refinaria e também explora petróleo em território peruano, abarcando assim todos os segmentos do setor. A empresa argentina não criou um cartão de crédito para se aproximar do mercado chileno e peruano porque, segundo a YPF, esses mercados ainda são muito pequenos. Texto Anterior: Justiça suspende liminar do Interunion Próximo Texto: Como subir na vida fazendo o óbvio Índice |
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