São Paulo, sábado, 28 de dezembro de 1996
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Informante diz que frustrou plano do IRA para matar Charles

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O IRA tinha plano de matar o príncipe Charles e a princesa Diana durante um show de rock em 1983, mas ele não foi adiante porque o responsável pela operação era um informante da polícia.
O ex-guerrilheiro Sean O'Callaghan disse ao "The New York Times" que o plano de assassinar o casal real (hoje divorciado) com 11 kg de explosivos tinha grandes chances de ser bem-sucedido.
Ele tinha um lugar para colocar a bomba-relógio -na parede de um banheiro perto do camarote real. Para abortar o plano a polícia britânica divulgou a informação de que O'Callaghan estaria sendo procurado por causa de um suposto plano para assassinar um ministro de Estado.
Ele fugiu para a França, e não houve tempo para que o IRA conseguisse um substituto.
Desde adolescente O'Callaghan esteve ligado a grupos paramilitares que combatem a soberania britânica sobre a Irlanda do Norte.
Ele disse que decidiu tornar-se informante quando identificou sectarismo na liderança republicana. "Eu queria expulsar os britânicos e reunir a Irlanda. Eles queriam matar protestantes."
O'Callaghan detinha posição de confiança no IRA (Exército Republicano Irlandês). Suas delações levaram à prisão de mais de 50 integrantes do grupo.
Mas ele também esteve envolvido em ações da guerrilha. Se entregou em 1988 e foi condenado a diversas penas de prisão perpétua por dois assassinatos e participação em 40 atos terroristas.
O'Callaghan saiu da prisão no último dia 6, por meio de um procedimento pouco comum que depende da aprovação da rainha.

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