São Paulo, quinta-feira, 1 de fevereiro de 1996
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Trabalho tem suas intempéries

SUZY CAPÓ
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os escritórios de assessoria para confecções cobram cerca de R$ 3 mil por mês, quando o trabalho é fixo. Um desfile (no jargão das assessoras, um "job") custa entre R$ 5 mil e R$ 8 mil.
Mas apesar de todo o glamour associado a esss eventos, o setor também tem lá suas intempéries.
Que o diga Suzana Schreiner, 42, que veste Armani, Versace e Donna Karan, e já fez Nike, Fit, Valisère, Zoomp e Anna Molinari.
Ela conta que, à época do Plano Collor, ficou sem clientes. "O único que restou não cobria nem o aluguel do escritório", lembra. O jeito foi aceitar uma oferta de trabalho nada fashion: uma clínica para impotentes sexuais que utilizava métodos bastante duvidosos.
Ela agora se prepara para uma megaprodução da Zoomp que acontece dia 26 de março em São Paulo e percorre nove cidades no interior do Estado.
"Os mega-eventos são legais porque são reconhecidos a curto prazo, mas eu prefiro a manutenção do cliente", afirma Sonia Gonçalves. Ela orgulha-se, por exemplo, do trabalho de imagem desenvolvido para a Arezzo, para quem nunca fez um grande evento.
Há quem considere a manutenção "desgastante", conforme observa Schreiner. E muitas vezes não é reconhecido pelo cliente.
Esse trabalho envolve, por exemplo, a atualização do mailing list (lista de endereços). "As pessoas estão sempre mudando de endereço ou de emprego", explica a assessora de imprensa da Iódice, Helga Fuchs, 31.
(SC)

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