São Paulo, sexta-feira, 2 de fevereiro de 1996
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Sem-terra se 'unem' a protesto contra o PAS

DA REPORTAGEM LOCAL

A avenida Paulista, centro financeiro de São Paulo, reuniu ontem pela manhã protestos pela reforma agrária, contra o PAS (Plano de Atendimento à Saúde) e por uma nova política para doentes mentais. No total, cerca de 300 pessoas participaram dos três atos, segundo os organizadores. A Polícia Militar não fez estimativas.
Reunidos no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), os manifestantes defenderam a revogação da prisão de líderes sem-terra no Pontal do Paranapanema (extremo oeste do Estado), a aceleração da reforma agrária no país e o fim do PAS (Plano de Atendimento à Saúde), criado pelo prefeito da capital, Paulo Maluf (PPB).
Os manifestantes seguiram em passeata pela avenida. Os sem-terra pararam em frente à sede da Justiça Federal, onde ficaram por cerca de duas horas.
Os funcionários públicos foram até um prédio da Secretaria Municipal da Saúde, também na avenida, entregar abaixo-assinado com cerca de mil nomes pedindo a revogação do plano.
Para os funcionários públicos (na maioria médicos e enfermeiros) que participaram do ato, o PAS é inconstitucional e afeta a saúde mental do município, cuja qualidade do serviço seria prejudicada com a implantação do plano.
A secretaria discorda e diz que a implantação continua. A PM acompanhou as manifestações de perto. O trânsito ficou lento na avenida entre 11h e 13h.

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