São Paulo, sábado, 3 de fevereiro de 1996
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Samper diz que só renuncia se perder o plebiscito que convocou

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da Colômbia, Ernesto Samper, voltou a dizer ontem que só renunciará ao cargo se perder um plebiscito (sem data) convocado por ele mesmo. Neste caso, as perspectivas para ele são más: pesquisa divulgada do Centro Nacional de Consultoria mostra que 60% do eleitorado quer que ele deixe o governo, contra 37% que o apóia.
A pesquisa, divulgada pelo jornal "El Colombiano" e pela rádio Caracol, mostra que para 50% Samper não conseguirá superar a crise, mas 47% acham que ele conseguirá se livrar das acusações.
Em entrevista à agência "France Presse", ele disse acreditar que existem condições de governabilidade no momento e que por isso continuará na Presidência. "Se eu percebesse que não sirvo ao país, não vacilaria em renunciar", disse.
O presidente Samper (pronuncia-se Sampér), 45, disse acreditar na inocência de seu ex-ministro da Defesa, Fernando Botero Zea. Foi Botero quem levou Samper a enfrentar a pior crise de seu governo.
O ex-ministro, um dos principais assessores da campanha de Samper, está preso desde o ano passado, e neste mês disse que o presidente sabia da entrada de dinheiro dos traficantes de cocaína do cartel de Cali na campanha eleitoral.
"Creio em sua inocência, mas de qualquer modo as declarações que ele fez me levam a pensar que essa convicção não é tão certa. De qualquer modo, não vou substituir a Justiça", disse.

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