São Paulo, domingo, 4 de fevereiro de 1996
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Fox exibe "Space" e "Murder One"

MARCELO REZENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

As séries das TVs americanas parecem se organizar em três modelos: a comédia romantica de situação- de que "Friends" é hoje o modelo melhor acabado-, a ficção científica (ou "fantástica") e "dramas urbanos".
"Space: Above and Beyond" e "Murder One", novas séries da Fox (canal distribuído pela Net, Multicanal e TVA), se incluem nos últimos dois casos. A primeira estreou no domingo passado, às 20h e à 1h, e "Murder One" estréia nesta quarta, às 20h.
"Space" é o mais novo trabalho da dupla de criadores do "Arquivo X", exibido pela Record e Fox. Mais uma vez, a intenção é jogar o espectador no terreno do incomum. Nessa produção, o sobrenatural dá lugar ao futuro.
Em um tempo impreciso, quando as nações da Terra estão unidas, o homem passa a colonizar outros planetas. Como consequência, esbarra em alienígenas que, como sempre, são um povo guerreiro.
Essa situação dá a linha da série: batalhas no espaço misturadas à angústia do extermínio da raça humana.
"Space" é criado no mais puro clichê do gênero, onde seus excelentes efeitos especiais são inversamente proporcionais à qualidade do roteiro.
"Murder One" caminha para o lado oposto. É baseado na extrema capacidade de seus roteiristas. Uma série que talvez seja a primeira grande consequência, para a ficção na TV, do caso O.J. Simpson.
"Murder One" -dos produtores de "Nova York Contra o Crime"- mostra o cotidiano de um escritório de advocacia. A intenção não é apenas expor a resolução de um crime no tribunal, mas vasculhar os bastidores dos personagens de um processo.
Sua maior inovação é mostrar mesma história durante toda a temporada. Como em uma telenovela, será trabalhado um enredo durante meses, enquanto tramas paralelas são resolvidas a cada capítulo. Uma das grandes apostas.

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