São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996 |
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Técnicos sugerem projetos de menor preço
EMANUEL NERI; ANA MARIA MANDIM
Ex-diretor de Exploração da Petrobrás, Carlos Walter Marinho Campos diz que a alternativa ideal seria a liquefação (passagem do estado gasoso para o líquido) do gás natural na fronteira Brasil-Bolívia. De lá, o produto seria transportado por via férrea em contêineres cilíndricos até os centros consumidores. Outra alternativa, segundo Campos, seria trazer o gás por gasoduto da Bolívia até Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Dali, seria transportado em estado liquefeito por via fluvial até São Paulo. Para o ex-diretor da Petrobrás, as duas alternativas implicariam redução dos gastos do atual projeto, mesmo incluídas as despesas com recuperação de ferrovias e com equipamentos de transporte. Segundo Fernando Xavier de Almeida, ex-diretor de Perfuração da Petrobrás, a prioridade deveria ser inicialmente a produção do gás nacional, com mais de 130 bilhões de m3 de reservas comprovadas. A opção estrangeira seria o Peru. O gás seria transportado por via fluvial e marítima. Entraria no país pelo rio Madeira até os portos de Manaus (AM), Belém (PA) e São Luís (MA). De lá, seria redistribuído. Outra opção seria o gás da Venezuela e Trinidad e Tobago. Almeida defende um sistema de transporte, armazenagem e distribuição adequado para cada região do país. O gás seria transportado em estado liquefeito. O gasoduto só seria construído quando houvesse aumento de consumo interno que justificasse esse investimento. Nesse caso, segundo Almeida, o sistema de importação via fluvial/marítima seria substituído sem maiores problemas. Para ele, o desenvolvimento do uso do gás deveria ser realizado "passo a passo" para evitar riscos e prejuízos. (EN e AMM) Texto Anterior: Entendimentos foram iniciados há 50 anos Próximo Texto: Argumentos são ideológicos, diz superintendente da obra Índice |
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