São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996 |
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Conselho Superior
NELSON DE SÁ
- ...fazer cumprir um artigo da Constituição que diz que a família e o cidadão devem ser defendidos dos excessos da programação de televisão. É o começo. Confidenciou o analista, "aqui para nós, não há dúvida de que há excessos, de que há novelas, filmes, programas e até desenhos que induzem à violência e à pornografia". Em especial, alguém poderia lembrar, novelas da Manchete. Mas Chagas pergunta: -O que fazer? Responde o próprio, que é muito visto em entrevistas com o presidente do Congresso: - Há quem diga e há quem sustente, no Congresso, que podem ser criados conselhos de comunicação no país. Conselhos de municípios, Estados e da União. -O conselho decidiria se determinado programa pode ou não passar na região. Pergunta Carlos Chagas, que também responde: - Quem formaria? No plano municipal, o padre, o pastor, o prefeito, o delegado de polícia, o presidente do sindicato local e assim por diante. Por maior que seja o "assim por diante", um tal conselho corta, com facilidade, metade de toda a programação. E que ninguém apareça com argumento contrário, que pode muito bem ser ofendido. Segundo ele, "a pretexto de defender a liberdade, não se pode permitir aquele raciocínio velhaco, dizendo: quem não gostou, que desligue". E o comentarista ainda vem afirmar que não é a volta da censura. Pois se nem mesmo o "raciocínio velhaco" querem mais "permitir". Alegria, alegria Alexandre Garcia ganhou o seu dia de âncora, sábado no Jornal Nacional. Foi moralizador, severo, ao dizer, "já foi pedida a prisão dos envolvidos nos processos de fraude". Modernizador, "agricultores apostam na industrialização". Nacionalista, "o Brasil vence a Itália e está na final do mundial de futebol de areia". E acabou com uma alegria de constranger Sérgio Chapelin, com um sorriso descontrolado, ao dar o "boa noite". Texto Anterior: Governo inicia hoje incentivo às montadoras Próximo Texto: Estudo da SBPC é incompleto, diz governo Índice |
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