São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996 |
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Oficial acusado de negligência em ação que matou 4 é transferido
CRISPIM ALVES
Em novembro, dois ladrões mantiveram 18 reféns em uma construção. Após mais de dez horas de negociação, o Gate invadiu o cativeiro, alegando que os ladrões haviam matado dois reféns. Laudos comprovam que a PM matou os reféns e os ladrões. Seis policiais, entre eles Bononi, foram indiciados. Oficialmente, a PM informou que a transferência de Bononi é uma medida administrativa, sem relação com a operação. Ele foi denunciado por negligência por ser a autoridade máxima no local. A Folha apurou que a transferência tem ligação com a ação da PM. Alguns setores da cúpula eram contrários à transferência. A decisão foi tomada após intervenção do secretário da Segurança, José Afonso da Silva. Na prática, Bononi perde poder. O 3º Batalhão é um dos acionados para resolver problemas na Casa de Detenção e responsável por operações especiais. Ele abriga também o Gate, tropa de atiradores de elite, pivô da história. Os PMs aguardam agora o pronunciamento da Justiça, que pode sair nesta semana. Caso a denúncia seja aceita, os policiais serão processados. Os cinco PMs acusados podem pegar até 81 anos de prisão. Bononi pode ser afastado por até um ano. Texto Anterior: LIVROS JURÍDICOS Próximo Texto: Advogado é encontrado morto dentro de sua casa em Perdizes Índice |
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