São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Férias conjugais

JUCA KFOURI

Telê Santana repousa para voltar 100% e o São Paulo se recupera jogando um futebol que é a cara do grande técnico, mas que tem, no preservado comando de Muricy Ramalho, o toque de descontração que estava faltando no Morumbi.
Talvez o tricolor estivesse precisando mesmo dessas férias forçadas. O time mostrou na Vila Belmiro uma segurança que há tempos não se via, mesmo saindo atrás e sofrendo um assédio no começo do jogo que, transformado em gols, teria liquidado a partida. O Santos, no entanto, bobeou, deixou o São Paulo crescer e o que se viu foi a demonstração de que o papel de azarão pode ser desempenhado por qualquer um, menos por Zetti e seus companheiros. Eles são candidatos.
E, quando Telê voltar, é possível que se reestabeleça o clima de lua de mel que ele e o clube viveram no início de um relacionamento hoje abalado pela "crise dos cinco anos". E que sejam felizes para sempre.

Esclarecendo uma nota de ontem: desde que Edmundo estreou no Corinthians, o alvinegro marcou 11 gols. Dos 8 primeiros, Marcelinho marcou 4 e deu os passes para 3. Depois de sábado está mais equilibrado. De 11 gols, 5 são de Marcelinho, com os mesmos 3 passes, e 4 são de Edmundo, sendo que outros 3 tiveram a sua participação direta: rebote de um chute dele na trave no gol de Marcelinho em Ribeirão Preto; rebote de outro chute dele vindo do goleiro no gol de Robson contra o Araçatuba e passe dele para Marcelinho contra o Rio Branco.

O publicitário Washington Olivetto mandou uma caixa cheia de bolas -das de gude à de basquete, passando por pingue-pongue, tênis, golfe, beisebol, vôlei, pólo-aquático, futebol etc-, acompanhadas por uma camisa do Corinthians, para João Victor, o filho recém-nascido de Hortência. Um agrado na mãe alvinegra e uma provocação ao pai, o empresário José Victor Oliva, são-paulino militante. O bilhete diz que o menino pode jogar o que quiser, desde que seja corintiano.

Quatro jogos neste ano, quatro empates -Borussia, Palmeiras, Vasco e Madureira. Só três gols, dois de pênalti, todos de Romário. Ruim com ele, pior sem. O Flamengo não ganha nem sai de cima.

O Palmeiras devia disputar a NBA.

Texto Anterior: Insaciável, Palmeiras é quase perfeito
Próximo Texto: Palmeiras tem dificuldade no início, mas vence Mogi
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.