São Paulo, segunda-feira, 5 de fevereiro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Seminário compara a transição política de Brasil e África do Sul
DA REDAÇÃO Começa hoje em Johannesburgo o primeiro seminário comparativo entre Brasil e África do Sul.O evento vai até quarta e reúne intelectuais de várias áreas das ciências humanas em torno de um tema: os desafios que os dois países enfrentam na transição à democracia e na economia mundial. Todas as discussões se baseiam nas semelhanças entre os dois países. "São os dois países com a pior distribuição de renda do mundo", diz Lamounier. Mas para ele, o Brasil tem a vantagem de não ter tido algo semelhante ao apartheid (regime de segregação racial) sul-africano. Lamounier, por meio do Instituto de Estudos Econômicos, Sociais e Políticos de São Paulo, afirma estar criando uma rede de intelectuais entre vários países. Ele já mantém contato com colegas do México e da Índia, mas diz que é na África do Sul onde a parceria mais avançou. Lamounier traça mais um paralelo com o Brasil: lá também intelectuais tiveram destacado papel no combate ao autoritarismo. Na comparação de Lamounier, a grande lição que o Brasil deve passar é a moderação política. "Na África do Sul, ela é simbolizada apenas por Mandela (o presidente Nelson Mandela), enquanto no Brasil várias figuras atuaram na transição, como Tancredo Neves e Ulysses Guimarães." Texto Anterior: Atividade sísmica é intensa, diz especialista Próximo Texto: Líder do PC russo oferece estabilidade Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |