São Paulo, terça-feira, 6 de fevereiro de 1996
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Importação poderá chegar a 2 milhões de t

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A previsão oficial é de que a oferta interna de arroz em casca este ano será de 13 milhões de t, sendo 10 milhões de t de produção, perto de 2 milhões de t dos estoques do governo e quase 1 milhão de t de importações.
Subtraindo dessa oferta o consumo estimado (12 milhões de t), haverá um excedente de pouco mais de 1 milhão de t. É uma reserva suficiente para atender o abastecimento por 55 dias.
Esses números têm como referência a última previsão oficial, divulgada em dezembro, mas o quadro de oferta deverá ser revisto nos próximos meses.
Há dúvidas sobre o volume dos estoques do governo.
Segundo relatório divulgado pela agência Safras, os próprios técnicos do governo estimam que os estoques contabilizados estejam defasados em aproximadamente 30%, por conta de desvios praticados por alguns armazenadores.
Por conta dessa imprecisão, os números dos analistas do mercado, com relação às necessidades de importação, variam entre 1 milhão de t a 2 milhões de t.
No mercado internacional, houve incremento no plantio do Uruguai e da Argentina, fornecedores que tradicionalmente respondem por 90% da importação nacional.
A produção conjunta desses dois países deverá chegar a 1,8 milhão de t de arroz em casca nesta safra, contra 1,6 milhão de t na última. Os excedentes exportáveis, deduzido o próprio consumo, chegarão a 1,3 milhão de t.
Os preços do produto oriundo do Mercosul geralmente acompanham o mercado brasileiro, já que esses países encontram demanda restrita no mercado internacional, em função da competição com os produtos dos Estados Unidos e dos países asiáticos.
"Os altos preços hoje no mercado internacional devem recuar no segundo semestre, o que pode viabilizar as importações", diz Carlos Macchi, da agência Safras.

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