São Paulo, terça-feira, 6 de fevereiro de 1996
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'TV do Senado' começa a funcionar

LUCAS FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A "TV do Senado" foi ao ar ontem pela primeira vez. O Senado gastou R$ 400 mil em equipamentos para lançar a emissora. A TV vai consumir ainda cerca de R$ 48 mil por mês com gastos de pessoal e de transmissão.
Em fevereiro, a "TV do Senado" será transmitida somente para Brasília, em caráter experimental, por intermédio do canal 45 da TV paga NET. A partir de março, o canal estará disponível em todas as cidades que tiverem TVs pagas.
A partir dessa data, a transmissão da TV começará às 9h, com a divulgação da ordem da agenda do Senado e das comissões. De 10h às 14h30, serão mostradas entrevistas com senadores. Por volta de 14h30, a TV irá transmitir ao vivo a sessão do plenário e, logo após, um noticiário de dez minutos. A emissora tem suas atividades previstas pela Lei 8.977/95.
O diretor de Comunicação Social do Senado, Fernando César Mesquita, disse que considera baixos os custos da TV. "Representam quatro minutos de propaganda no horário do 'Jornal Nacional', da TV Globo", disse ele.
O Senado gastou R$ 400 mil em equipamentos (duas câmeras de TV da marca Sony, mesa de corte para edição, iluminação, cabo de fibra ótica etc.). A contratação de mais 20 técnicos e operadores irá custar cerca de R$ 18 mil mensais, e o aluguel do canal do satélite da Embratel, R$ 30 mil.
Mesquita disse que "futuramente" será comprado um transmissor que dará autonomia ao Senado para lançar o sinal da TV, sem apoio técnico, para o satélite responsável pela distribuição. O equipamento deverá custar mais R$ 250 mil.
No primeiro dia de funcionamento, a programação ficou limitada à transmissão ao vivo da sessão do plenário, das 14h30 às 16h45, e, logo após, sua reprise.
As câmeras mostraram, alternadamente, a Mesa Diretora do Senado e os senadores que discursavam, evitando fazer tomadas amplas do plenário. Assim, os telespectadores não puderam ver que, às 16h30, somente 15 dos 81 senadores estavam presentes. A estréia foi marcada por uma hora de discursos de pesar pela morte de Sarah Kubitschek, viúva do presidente Juscelino Kubitschek.

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