São Paulo, terça-feira, 6 de fevereiro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Metalúrgicos negociam contrato temporário

SHIRLEY EMERICK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ligado à Força Sindical, negocia com um grupo de empresas paulistas um contrato coletivo por tempo determinado. Em troca da criação de vagas por prazo limitado, as empresas não pagariam alguns encargos sociais.
As empresas ficariam isentas do pagamento de algumas contribuições para o chamado "sistema S" (Senai, Sesi, Sebrae, Sesc e Senar), salário-educação e seguro contra acidente de trabalho.
Mas direitos sociais como 13º salário, férias e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) estarão garantidos.
A proposta inclui a redução da jornada de trabalho e o pagamento proporcional do descanso semanal remunerado -que pesa 18,92% no custo da folha de pagamento.
"Vai ter muita gente contra, dizendo que eu sou doido. Mas tudo bem. O importante é que vamos criar emprego", diz o presidente do sindicato dos metalúrgicos, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
Atualmente, quando uma empresa precisa produzir mais, aumenta o número de horas extras pagas aos funcionários.
Paulinho aguarda a decisão das empresas, que estão discutindo a adesão à proposta.
O sindicalista explica que o trabalhador, por exemplo, não poderá aderir ao contrato temporário individualmente. O prazo e a assinatura do contrato serão negociados entre o sindicato e a empresa.
Segundo Paulinho, neste contrato o trabalhador terá o FGTS depositado em uma conta bancária à parte. Ele terá a mesma remuneração dos títulos bancários.
Neste caso, o contrato beneficia apenas o trabalhador, que poderá sacar os recursos quando rescindir o contrato temporário.
FHC
O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem, durante a solenidade de assinatura do programa de incentivo às empresas do setor automotivo, que as médias que apontam redução da taxa de desemprego "escondem realidades que às vezes são cruéis".
A média de desemprego divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 95 é menor do que a de 94.

Texto Anterior: Inquérito vai apurar venda de TV no Rio
Próximo Texto: STF vê retrocesso em proposta
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.