São Paulo, terça-feira, 6 de fevereiro de 1996
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BNDES vai emprestar R$ 11,3 bi em 96 e priorizar a geração de emprego

FERNANDO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O ministro do Planejamento, José Serra, disse ontem que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai emprestar este ano R$ 11,3 bilhões, com um aumento de 59% sobre o total emprestado no ano passado.
O BNDES é a principal, e praticamente única, fonte de financiamentos de longo prazo do mercado interno brasileiro.
Segundo Serra, o banco estatal vai priorizar programas de reestruturação de empresas para priorizar a geração de empregos.
Os programas de infra-estrutura vão receber financiamentos de R$ 3,2 bilhões, R$ 750 milhões vão para a agropecuária, cerca de R$ 500 milhões vão financiar os serviços e o restante (R$ 1,35 bi), irá para outras aplicações.
José Serra ressaltou que o orçamento do BNDES para o ano passado já havia sido 39% maior que o de 1994.
O ministro destacou entre as prioridades para os financiamentos do BNDES os projetos voltados para exportações, a reestruturação industrial, o apoio à pequena e média empresas, os programas de retreinamento de demitidos e o apoio às privatizações.
Fontes
O presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, disse que o banco ainda precisa definir onde irá obter R$ 1 bilhão para completar os R$ 11,3 bi que pretende emprestar este ano.
Segundo o novo diretor de Planejamento do banco, Sérgio Besserman, R$ 6 bilhões virão do retorno dos financiamentos feitos pelo BNDES.
Outros R$ 2 bilhões sairão do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). De fontes de financiamentos privadas do mercado externo (lançamentos de bônus e de outros papéis) o BNDES espera captar mais R$ 1 bilhão.
O restante (R$ 2,3 bilhões) deve vir, de acordo com Besserman, de fontes externas governamentais ou multilaterais (Banco Mundial e outras), da venda de ações da carteira da BNDES Participações e de recursos especiais do FAT.
Vale
O ministro José Serra disse que a descoberta, na semana passada, de uma mina de ouro pela Companhia Vale do Rio Doce, deve servir para valorizar a empresa, mas não para desestimular a sua privatização.

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