São Paulo, terça-feira, 6 de fevereiro de 1996
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Corregedor-eleitoral de SP quer evitar secretários em campanha

CLÁUDIA TREVISAN
DA REPORTAGEM LOCAL

O desembargador Djalma Lofrano, 64, assume hoje o cargo de corregedor-regional-eleitoral de São Paulo disposto a impedir a participação de ministros e secretários na campanha para escolha dos novos prefeitos no Estado.
Também toma posse hoje o desembargador Nelson Fonseca, 66, que vai presidir o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) pelos próximos dois anos.
Ambos serão responsáveis pela direção dos trabalhos do TRE-SP nas eleições de outubro.
A seguir, os principais trechos de entrevista concedida por Lofrano à Folha:

O presidente do TSE, ministro Carlos Velloso, se declarou contrário à participação de ministro nas próximas eleições. Qual a sua posição?
Djalma Lofrano - Sempre que as autoridades se põem a promover candidaturas acabam envolvendo a máquina administrativa. Temos de procurar um caminho diferente do que tem sido trilhado.
É muito difícil destacar o lado eleitoreiro do lado cívico. Há sempre uma situação de desigualdade em relação a aqueles candidatos que não têm ministros.
Folha - O sr. pretende adotar essa postura em relação aos secretários de Estado?
Lofrano - Acredito que sim.
Folha - Qual será o principal problema do TRE nas eleições municipais de outubro?
Lofrano - A preocupação principal é a instalação de computadores nos locais onde a eleição será informatizada (capital e cidades com mais de 200 mil eleitores).
O sr. é favorável à divulgação dos financiadores das campanhas eleitorais?
Lofrano - É preciso que se dê a maior publicidade para que o povo saiba quais são os financiadores desse ou daquele candidato. Quanto mais o povo souber, melhor.

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