São Paulo, terça-feira, 6 de fevereiro de 1996 |
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PM controla rebelião no PA após 20 horas
ESTANISLAU MARIA
Não houve mortos ou feridos. Colchões foram incendiados, e o refeitório, o setor social e parte do telhado, destruídos. Segundo a PM, a rebelião começou anteontem à noite no bloco C. Os menores pediam para ser soltos e ameaçavam matar três deles, que não aderiram ao motim. Durante a rebelião, 11 menores fugiram. Até as 19h de ontem (horário de Brasília), quatro haviam sido recapturados. Participaram da operação, além da PM, o Corpo de Bombeiros, o Batalhão de Choque e o Gepas (Grupamento Especial de Polícia Assistencial) -especializado em adolescentes. Não houve invasão do local. O comandante do Gepas, tenente Artur José de Figueiredo Piedade, diretores do Ciam e o juiz da Infância e Adolescência, Paulo Frota, negociaram com os menores do bloco C. O bloco B não se rebelou e foi isolado pela PM. Os 25 menores ali recolhidos foram transferidos durante a madrugada de ontem. O bloco A, em reformas, estava vazio. O Ciam de Ananindeua tem capacidade para 40 jovens infratores, mas abriga 60. "Durante o Natal, Ano Novo e Carnaval, há uma enorme excitação dos meninos para poder sair", disse o tenente Piedade. Alguns menores pediam também a revisão de seus processos. Segundo o tenente, há entre os rebelados homicidas, assaltantes e estupradores. O juiz Frota prometeu aos menores a revisão. Depois da negociação, os reféns foram libertados. Texto Anterior: Aluno baleado na USP diz perdoar colega Próximo Texto: Mortes em acidente no Maranhão chegam a 32 Índice |
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