São Paulo, terça-feira, 6 de fevereiro de 1996
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CRONOLOGIA

Dezembro de 94: o governo fala em "privatizar" o esporte profissional, ou seja, afastar o patrocínio de empresas estatais federais e estaduais a times de futebol e vôlei, por exemplo.
Na época, a Caixa Econômica Federal patrocinava o basquete brasileiro, o Banco do Brasil dava apoio ao vôlei e a Petrobrás sustentava o futebol do Flamengo.
Em nível estadual, em São Paulo, Cesp, Nossa Caixa e Sabesp patrocinavam times de basquete.
O governo federal definia como prioridade a promoção do desporto educacional e a massificação do esporte.
Janeiro de 95: o governo de São Paulo mostra a intenção de transferir gradualmente o patrocínio de empresas estatais ao esporte profissional a grupos privados.
Pelo plano, os recursos estaduais seriam repassados a projetos sociais e ao esporte educacional.
Na época, importantes times de basquete, como o Cesp/Rio Claro, Sabesp/Franca e Nosso Clube/Limeira, e vôlei, como Nossa Caixa/Suzano e Telesp, tinham apoio de empresas estatais.
O ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, defende que as empresas estatais patrocinem atividades esportivas de caráter social em vez de apoiar o esporte profissional.
Abril de 95: Pelé recua e autoriza as empresas do Estado a patrocinar equipes profissionais.
O ministro afirma que não se opõe a esse tipo de apoio desde que as empresas apresentem um bom projeto.
Janeiro de 96: o Ministério dos Esportes decide negociar, junto às estatais, pacotes de patrocínio para modalidades esportivas com chances de obter medalhas na Olimpíada de Atlanta.
A idéia é usar ao máximo as verbas das estatais para bancar o "esporte de resultados".
Com isso, o orçamento do Ministério dos Esportes, até então usado também para sustentar as modalidades de ponta, fica liberado para apoiar os " esportes sociais", não voltados à competição.
Ou seja, o ministro dos Esportes, a princípio contrário ao apoio de estatais, encontrou nele uma forma de liberar recursos de seu ministério para atividades sociais.

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