São Paulo, terça-feira, 6 de fevereiro de 1996
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Ópera privada em SP custará R$ 13,5 mi

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

O teatro que a iniciativa privada construirá em São Paulo para a montagem de óperas e para abrigar a Orquestra Sinfônica do Estado custará R$ 13,5 milhões.
É este o valor que a Associação Novo Teatro está autorizada a arrecadar com base nos incentivos fiscais previstos pela Lei do Mecenato, ou Lei Rouanet.
Portaria que prorroga até 31 de dezembro a autorização para a captação de recursos foi publicada na última quarta-feira pelo "Diário Oficial" da União.
Segundo o processo encaminhado ao Ministério da Cultura, a construção do teatro será iniciada em junho próximo. Os responsáveis pelo projeto calculam que ele estará concluído e poderá funcionar dentro de quatro anos.
O Novo Teatro terá 3.500 lugares. Ele foi concebido, em termos arquitetônicos, a partir de um projeto que deu prioridade à acústica.
A venda das cotas para sua construção está sendo orientada por uma empresa norte-americana de consultoria, responsável por projetos semelhantes de grandes casas de espetáculo com recursos de empresas e da comunidade.
Tanto a Associação Novo Teatro de São Paulo quanto a Joaako Poyry, empresa de consultoria de projetos de engenharia civil, recusam-se a adiantar detalhes do prédio a ser construído.
A idéia de construir o teatro partiu de um grupo de empresários em 1989. A associação que vem conduzindo sua implementação foi criada em 1991.
O projeto será apresentado publicamente por volta de maio, quando os primeiros grandes mecenas já estiverem com suas doações oficializadas.
O teatro será edificado em terreno de 120 mil metros quadrados, localizado ao lado do Parque Villa-Lobos, na marginal Pinheiros, Lapa, zona oeste de São Paulo.
Trata-se de uma área localizada ao lado do terreno, este de 730 mil metros quadrados, no qual o Parque Villa-Lobos está propriamente situado. Este segundo terreno vem sendo objeto de problemas administrativos e legais.
O Estado, em valores de 10 de janeiro, deve R$ 836 mil ao antigo proprietário, mas não dispõe de recursos para quitar a dívida.
O terreno em que será construído o Novo Teatro também pertence ao governo do Estado. Trata-se, no entanto, de uma área desapropriada e devidamente quitada no início dos anos 70.
Para quem passa pela região não há diferença aparente entre as duas áreas, porque elas são contíguas e não têm nenhuma melhoria implementada, como quiosques ou jardins planificados.

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