São Paulo, quarta-feira, 7 de fevereiro de 1996
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Vicentinho evita foto com líderes do governo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da CUT, Vicentinho, evitou aparecer publicamente ao lado dos líderes governistas.
A pedido do sindicalista, foi marcado um encontro pela manhã com o líder do governo na Câmara, Luiz Carlos Santos (PMDB-SP), e com o líder do PMDB, Michel Temer (SP).
Ao chegar à casa de Santos e ver os jornalistas na portaria, Vicentinho desistiu e retornou com os assessores da CUT: "A reunião deveria ser reservada", afirmou o coordenador da CUT no Distrito Federal, Edson Campos.
"Eles estão jogando com a platéia. Não queremos intimidade com o governo, queremos negociar", disse o presidente da CUT-DF, José Zunga.
Sem sucesso, a CUT continuou a discussão com a chegada dos representantes da Força Sindical e da CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) e do ministro Paulo Paiva (Trabalho).
O presidente da Força, Luiz Antônio de Medeiros, ameaçou abandonar a reunião porque a CUT estaria insistindo em manter o que considerava privilégios do funcionalismo. Paiva o acalmou, afirmando que era importante a participação de todas as centrais.
Medeiros chegou a exigir o compromisso do relator, Euler Ribeiro (PMDB-AM), de que não modificaria o texto em relação à aposentadoria dos servidores.
O relator leu o texto várias vezes para tirar dúvidas dos sindicalistas da CUT. Vicentinho pediu para se reunir em separado com seus assessores para avaliar a posição da CUT.
Ribeiro chegou a propor que os participantes dessem as mãos para o registro das imagens. Vicentinho recusou a sugestão imediatamente, argumentando que ainda faltava discutir algumas questões.

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