São Paulo, quarta-feira, 7 de fevereiro de 1996 |
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O piloto Durante uma visita ao Brasil em 1986, o então presidente do Zaire, Mobutu Sesse Seko, fez sua primeira escala no Rio. Mobutu alugara um Concorde para viajar e tinha um Boeing de reserva. À época presidente, José Sarney quis enviar seu Boeing para levar Mobutu a Brasília. O avião de Sarney, porém, teve problema. Um diplomata do Brasil, que estava no Rio, telefonou ao chefe da comitiva do Zaire, que respondeu: - Não há problema. Vamos no nosso Boeing, cuja tripulação, aliás, é portuguesa. O brasileiro ficou de comunicar o fato aos pilotos. Foi ao Hotel Othon, onde estavam hospedados, mas não os encontrou. A relação de hóspedes registrava a presença de vários portugueses. Na dúvida, o diplomata deixou um bilhete no escaninho de cada português, pedindo que os pilotos telefonassem para ele. De madrugada, tocou o seu telefone. - Ora pois, pois. Gajo, não sei onde é Brasília, nunca pilotei avião e não conheço nenhum Mobutu - disse um dos portugueses hospedados no hotel. Texto Anterior: A jogada; Alívio franciscano; Escudo oficial; Governar é dividir; Escrito nas estrelas; Holofote; Freio; Marimbondo de fogo; Opção mexicana; Sigilo telefônico; Herdeiro político; Erro de cálculo; Homenagem; Máquina mortífera; Boca fechada; Espólio paulista; Rolo compressor Próximo Texto: Governistas usam fórmula argentina para a reeleição Índice |
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