São Paulo, quarta-feira, 7 de fevereiro de 1996
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Para TCE-RJ, gestão do Bozano é irregular

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Sérgio Quintella, disse ontem que a administração do Banerj pelo banco Bozano, Simonsen é irregular porque até agora o contrato estabelecendo a gestão não foi encaminhado ao TCE.
A lei, segundo ele, exige o encaminhamento em cinco dias, a partir da assinatura, que ocorreu em 2 de janeiro. "Como não tomamos conhecimento do contrato, o Bozano até agora não existe para nós", afirmou.
Segundo Quintella, "o que existe é um grupo de pessoas físicas escolhidas pelo Banco Central para administrar o Banerj, e isso é legal".
Sem o contrato, segundo ele, o Bozano não poderá ser remunerado pelo trabalho para o qual foi escolhido por concorrência no fim do ano passado.
Outro lado
A Secretaria de Planejamento do Estado informou que o contrato será enviado esta semana ao TCE, com todos os documentos do processo licitatório.
O governador Marcello Alencar (PSDB) disse ontem que o Bozano poderá usar brechas da lei de licitações (8.666) para dispensar algumas concorrências.
Alencar revogou anteontem um decreto seu que dispensava o Bozano de se submeter à 8.666 e à fiscalização do TCE. O TCE recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal), contestando a constitucionalidade do decreto.
O conselheiro afirmou que continuará com auditores no Banerj. Quintella afirmou não ver motivos para o Bozano ter buscado na Procuradoria Geral do Estado um parecer para se livrar da fiscalização.
A diretoria do Bozano não se pronunciou sobre o caso.

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