São Paulo, quarta-feira, 7 de fevereiro de 1996
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Fundição produz 8,7% menos

MARCOS CÉZARI
DA REPORTAGEM LOCAL

O setor de fundição produziu 8,7% menos em 95 em comparação a 94 -1,61 milhão de toneladas, contra 1,76 milhão, respectivamente. O desempenho de 94 havia sido o segundo melhor da história do setor, superado apenas pelo de 86.
Segundo José Raya, presidente da Associação Brasileira de Fundição (Abifa), a produção do primeiro semestre do ano passado (937 mil toneladas) apontava para um novo recorde de produção. Entre janeiro e junho a produção superou a de 94 em todos os meses.
Entretanto, a partir de julho a produção entrou em declínio, situação que perdurou até dezembro. Nesse período foram produzidas apenas 673 mil toneladas, ou seja, 28,2% menos que no primeiro semestre.
Raya disse que já em abril de 95 alguns setores mostravam sinais de uma possível recessão. Um desses setores é o de caminhões, tratores, máquinas e implementos agrícolas, que comprou 63% menos produtos fundidos no segundo semestre em relação ao primeiro.
Incluindo todo o setor automotivo, a queda das vendas no segundo semestre em relação ao primeiro foi de 42,7%, segundo o presidente da Abifa.
Raya diz que a política econômica adotada pelo governo em 95 gerou insegurança para as empresas investirem. Com isso, a produção e o emprego caíram.
Ao final de 95 o setor empregava 47.020 pessoas -o menor número dos últimos 25 anos-, contra 53.927 em dezembro de 94. Raya diz que se em 96 for mantido o nível de produção do final de 95, o desemprego vai continuar.
O setor obteve dois recordes de exportação em 95: 203,3 mil toneladas e receita de US$ 277,3 milhões, contra 181,3 mil e US$ 248,2 milhões em 94, respectivamente.

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