São Paulo, sexta-feira, 9 de fevereiro de 1996 |
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PF quer ouvir políticos da pasta rosa
ABNOR GONDIM
A PF indiciou o ex-presidente do Banco Econômico Ângelo Calmon de Sá e seu ex-chefe de gabinete Antonio Ivo de Almeida. O inquérito foi aberto no dia 8 de janeiro. O relatório parcial do inquérito, assinado pelo delegado Paulo Lacerda, lembra que só o STF pode autorizar a convocação de parlamentares para depor em inquérito policial, pois eles têm direito a foro privilegiado. O delegado aponta no inquérito a inexistência de crime eleitoral. Mas considera que pode ser necessária a convocação dos políticos, para esclarecimento de crimes financeiros e de sonegação fiscal. Os ex-dirigentes Ângelo Calmon de Sá e Antonio Ivo de Almeida são acusados de praticar crimes contra o sistema financeiro e de sonegação fiscal por terem usado dinheiro do banco para bancar despesas eleitorais dos candidatos. Entre os políticos da pasta rosa está o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). Ele teria sido beneficiado com cerca de US$ 1 milhão por meio de publicidade paga à TV Bahia. ACM diz que o Econômico pagou contrato publicitário com a TV. No inquérito, o delegado pede a quebra do sigilo bancário do Econômico e as declarações de rendimentos do banco em 1991 e 92. A intenção é verificar se o banco usou as notas das despesas eleitorais para abater no Imposto de Renda como gastos da instituição. Também foi requerido o rastreamento dos cheques emitidos pelo banco financiar candidatos. Outro lado O advogado do ex-presidente do Econômico, Nelson Felmanas, disse que o indiciamento do seu cliente não significa que a PF tenha reunido provas para incriminá-lo. "Indiciamento é menos do que a possibilidade de um crime", disse ele. Texto Anterior: Motta pode unir PSDB em SP, afirma Covas Próximo Texto: MST apresenta gravação contra delegado Índice |
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