São Paulo, sexta-feira, 9 de fevereiro de 1996
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Desemprego supera 10% na Alemanha

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A taxa de desemprego da Alemanha subiu 0,9 ponto percentual em janeiro, atingindo 10,8% da PEA (População Economicamente Ativa).
O país tem agora 4,16 milhões de desempregados, contra 3,79 milhões em dezembro. Dos desocupados, 2,90 milhões estão na ex-Alemanha Ocidental e 1,25 milhões, na ex-Alemanha Oriental.
A taxa de 10,8% é a maior registrada no país desde 1948, um ano antes de ser fundada a ex-Alemanha Oriental. O país atravessava então o período mais crítico de sua história, o pós-guerra.
Apenas em janeiro, 368 mil alemães somaram-se à massa de desempregados. Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria Federal de Trabalho.
Bernhard Jagoda, diretor do órgão, disse que o frio foi uma das principais causas da alta do desemprego em janeiro. A Alemanha padece do pior inverno desde a queda do muro de Berlim (1989).
Jagoda reconheceu, entretanto, que a retração econômica também teve importante papel.
O PIB (Produto Interno Bruto) alemão cresceu 1,9% no ano passado, taxa considerada baixa, em comparação com os 2,9% de 94.
Para este ano, espera-se crescimento de aproximadamente 1,5%.
Quando ocorreu a reunificação, analistas prognosticavam crescimento anual da ordem de 4% até 1999 -dado o boom de investimentos na parte oriental-, o que não vem sendo observado.
O anúncio das cifras de desemprego tumultuou, ontem, as sessões do Congresso. Rudolf Scharping, líder da oposição, responsabilizou o chanceler Helmut Kohl, há 13 anos no poder.
Para Scharping, o plano de combate ao desemprego, lançado pelo governo no final de janeiro, é completamente ineficiente.
O plano prevê, entre outras coisas, uma reforma fiscal que será efetuada nos próximos três anos.
Kohl classificou de preocupante a taxa de 10,8%, mas mostrou-se confiante no plano. "O mais importante agora é agilizar sua efetivação, para alcançar rápidos resultados", disse.

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