São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 1996 |
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Vicentinho recebe desagravo em SP "Vocês são foda, minha gente" ANA MARIA MANDIM
O ato precedeu uma reunião de 99 integrantes da direção nacional da CUT (que começou depois das 15h), para definir como será conduzida a negociação da reforma da Previdência no plenário da Câmara. A idéia de retomar o fórum de discussão suprapartidário, com líderes dos partidos, das centrais e do governo, foi mencionada por Vicentinho. Dirigentes de tendências à esquerda da CUT também apóiam o fórum, desde que restrito aos setores de oposição. Os membros da Articulação, tendência da CUT à qual pertence Vicentinho, quiseram deixar claro que repudiam os acontecimentos de terça-feira, em Brasília, quando Vicentinho foi chamado de "pelego" e "traidor" por militantes de sindicatos de servidores públicos. Ao saltar do carro na sede nacional da CUT, na zona leste, Vicentinho foi saudado com aplausos e palavras de ordem. Raulino Lima, vice-presidente da Comissão de Fábrica da Volkswagen em São Bernardo (SP), levantou o presidente da CUT. Emocionado, Vicentinho acenou para todos e chorou. Entre abraços e tapas nas costas, demorou alguns minutos para chegar ao saguão, onde cem trabalhadores, na maioria metalúrgicos, o aguardavam. Quando começou a falar, sua voz ficou embargada. Disse que os ataques que sofreu foram gestos "covardes" e "fascistas", e defendeu as negociações. Prometeu "parar o país se for preciso, para garantir os direitos dos trabalhadores". Dezesseis oradores subiram na cadeira para dar apoio a Vicentinho. O presidente da CUT também recebeu um buquê de flores enviado por sua mulher, Roseli, com um bilhete: "Meu querido companheiro, saiba que você está no caminho certo. Eu o amo muito, viu?" Texto Anterior: 'Não sou líder de Stephanes e jamais seria' Próximo Texto: Reforma acelera aposentadorias Índice |
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