São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Demanda de energia cai 5% em média

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Diminuição no consumo na hora de maior movimento evita 'colapso' e é principal preocupação do governo
A 22ª edição do horário de verão acaba hoje em 14 Estados brasileiros e no Distrito Federal. À meia-noite, os relógios devem ser atrasados uma hora.
Segundo balanço parcial do DNAEE (Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica), a mudança permitiu uma economia de 0,5% no consumo de energia nessas regiões.
Essa economia corresponde a 60% do total de energia consumida pelo Distrito Federal, no mesmo período de 119 dias.
Segundo o diretor do DNAEE, José Said de Brito, desde o dia 15 de outubro, quando começou o horário de verão, a demanda em todo o país no horário de pico caiu 5%, em média.
No último horário de verão essa redução ficou em 3,7%. Desta vez, a região Sul registrou um decréscimo de 7% e a região Sudeste, de 1,6%. Na Bahia, a redução chegou a 5,4% e em São Paulo, a 4,7%. No Rio de Janeiro e no Espírito Santo, a redução foi 2.3%.
O diretor do DNAEE disse que irá sugerir ao governo a institucionalização do horário de verão.
"Está provado que ele traz benefícios para o sistema elétrico, que afasta o risco de um colapso no abastecimento de energia e para a população, que tem suas contas diminuídas no fim do mês."
Para o governo, o alvo é tentar reduzir o consumo no horário de pico, que chega a consumir o dobro de energia do horário normal e força o governo a fazer investimentos na ampliação do sistema.
O horário entrou em vigor em outubro do ano passado no Rio, São Paulo, Espírito Santo, Minas, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Bahia, Alagoas, Sergipe, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e no DF.
No ano passado foram incluídos na mudança Alagoas, Sergipe e Tocantins. O governo ainda não tem avaliação sobre os benefícios do horário para esses Estados.
Segundo Walter Bordini, chefe do setor de operações do DNAEE, mesmo se a redução de consumo não for significativa, são os governadores é que decidem se continuam no horário no verão 96-97.

Texto Anterior: Prefeitos querem representação
Próximo Texto: Cooper volta a ser feito com sol
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.