São Paulo, sábado, 10 de fevereiro de 1996
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Cooper volta a ser feito com sol

DA REPORTAGEM LOCAL

A empresária Serpui Marie Ekizlerian, 40, está comemorando o fim do horário de verão: a partir de amanhã ela sairá para fazer seu cooper diário à luz do dia.
Todos os dias, Serpui sai de casa às 5h30 e anda durante uma hora nos Jardins (zona oeste de São Paulo). "Sempre está escuro quando saio de casa. Não é bom. É um pouco perigoso andar no escuro."
Depois do cooper, ela ainda faz musculação em uma academia e, às 8h30, começa a trabalhar.
"Há anos acordo cedo. Não consigo convencer ninguém a me acompanhar no cooper. Meu marido é superatleta, mas não gosta de acordar cedo."
Serpui diz que, quando o horário de verão começou, em outubro do ano passado, ficou mais cansada nos primeiros dias de cooper. "Tive que acordar mais cedo."
A professora de matemática de 2º grau Maria Amália Fernandes, 56, também gostou da mudança de horário porque ela vai poder dormir uma hora a mais e ainda aproveitar mais a manhã de domingo.
"Gosto de dormir e ir à praia aos domingos. E sempre acho que as manhãs são pequenas demais para fazer bem as duas coisas. Com uma hora a mais, vou poder unir as duas coisas."
25ª hora
A idéia de ganhar mais uma hora -quando for meia-noite o relógio muda para 23h- agrada quem gosta de sair à noite.
"É poder sair uma hora mais tarde no sábado. A noite fica mais comprida", diz a estudante carioca Ana Lúcia Porcionato, 21.
Aos sábados, Ana Lúcia costuma sair para dançar e normalmente chega às danceterias por volta das 23h30.
"Neste sábado, vou sair de casa meia-noite e meia. Se quiser, posso até dormir um pouco no início da noite para ficar com mais disposição na hora de sair."
Por causa da mudança no horário, Ana Lúcia decidiu remarcar o encontro com suas duas amigas, que sempre a acompanham quando ela sai para dançar. "Já liguei para elas para avisar que temos mais uma hora. As pessoas normalmente esquecem quando o horário de verão acaba."

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