São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 1996
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Associação discorda dos limites

DA REPORTAGEM LOCAL

A Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), que representa as empresas de TV paga por cabo, discorda dos limites de concentração propostos na norma do Ministério das Comunicações.
O presidente da entidade, Roger Karmann, disse à Folha que a direção da ABTA já está preparando um documento contestando a validade dos limites, que pretende entregar ao ministro Sérgio Motta.
Na avaliação de Karmann, a lei da TV a cabo, aprovada pelo Congresso em dezembro de 1994 e sancionada em janeiro de 1995, não estabelece limites.
O mesmo, diz ele, acontece com o regulamento da lei, divulgado em 28 de novembro de 1995. "Uma norma não pode criar limites não previstos em lei ", diz ele.
Karmann reconhece que o mercado de TV paga por cabo é dominado pelo grupo da Globo e parceiros do sistema Net e da Abril.
Na sua avaliação, é possível haver uma desconcentração do mercado com a entrada de outros grandes grupos empresariais nas concorrências de futuras concessões de TV paga.
Segundo Karmann, se o ministério lançar um grande número de concorrências ao mesmo tempo, os grupos que hoje dominam o mercado não terão fôlego para disputar todas as praças.

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