São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 1996 |
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Mercado investe em tecnologia de cartões Empresas esperam vendas maiores SUZANA BARELLI
Os números das empresas já demonstram esse crescimento. A ABC Bull estima que a cifra inferior a 100 mil cartões inteligentes colocados no mercado em 1994 deve pular para 1 milhão de unidades neste ano. A Hypercom, que já instalou 80 mil máquinas nos últimos cinco anos no Brasil, espera dobrar neste ano o seu faturamento de US$ 20 milhões e 30 mil máquinas instaladas em 1995. Essas empresas apostam em duas frentes: a primeira é o maior uso dos cartões magnéticos, agora com funções de débitos de contas e capaz de disputar espaço com os cheques. "Os cartões de débito são capazes até de aceitar transações pré-datadas e são mais seguros e rápidos que os cheques", diz Francisco Faber, gerente de automação da Hypercom. Outro exemplo é a rede mundial Maestro, administrada no Brasil pela Credicard e que começa a operar até o início do mês que vêm. A Maestro permite o débito automático em conta corrente de pagamentos feitos no exterior com o cartão. A segunda frente, que deve ganhar força a partir de junho, são os "chip cards", ou cartões inteligentes. "Redução do ganho financeiro com a queda da inflação, segurança do produto e possibilidade de colocar novas funções no cartão são fatores que devem causar a explosão do uso", diz Jean Habran, da ABC Bull. Este crescimento também tem suas causas econômicas. Nos cálculos da Hypercom, o custo de compensação de um cheque varia de R$ 1 a R$ 1,20 enquanto a transação por cartão fica ao redor de R$ 0,30. Outro atrativo, diz Faber, é que os cartões devem ganhar nova funções ainda neste ano, como o pagamento de contas em qualquer terminal de loja. Nesta linha, a Hypercom está começando a produzir no país seus equipamentos. "Manteremos parte da produção terceirizada e vamos exportar para a América Latina", diz Luciana Macetti, gerente administrativa. Texto Anterior: Unibanco está sendo reavaliado Próximo Texto: Dois pesos e duas medidas Índice |
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