São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 1996 |
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Exportação ganha estímulos
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
Trata-se de uma nova fase do projeto Novos Pólos de Exportação, cujo objetivo é apoiar a modernização de 24 setores econômicos exportadores, dominados por pequenas e médias empresas. Entre outras coisas, a ministra vai mostrar as novas regras do Programa de Financiamento à Exportação, Proex. Segundo o diretor do Departamento de Políticas de Comércio Exterior do ministério, Hélio Mauro França, as pequenas e médias empresas não estão habituadas a esses financiamentos e às vezes nem sabem das possibilidades. O Proex resolve parte das dificuldades financeiros do exportador brasileiro. Os financiamentos internos chegam a ser de três a quatro vezes mais caros que os externos, o que encarece o custo do exportador brasileiro. Com o Proex, o governo brasileiro banca parte da diferença entre as taxas de juros interna e externa. O programa foi ampliado e desburocratizado em dezembro último. Antes, as operações acima de US$ 10 milhões precisavam ser aprovadas em Brasília, pelo Câmara de Comércio Exterior, um órgão de nível ministerial, que se reúne uma vez por mês. Agora, todas as operações podem ser aprovadas pelo Banco do Brasil, agente do Proex. Foi simplificada a apresentação de documentos e ampliada a parcela dos juros paga pelo governo. O objetivo agora, diz França, é disseminar o programa. Além disso, o ministério apóia o desenvolvimento tecnológico e gerencial. Por exemplo, o Brasil tem mármores e granitos de boa qualidade, diz França. Mas a exportação é basicamente de blocos em estado bruto, que têm valor menor. A idéia é estimular os fabricantes locais a produzirem as peças elaboradas, que têm preço melhor. Outro problema é reciclar setores que perdem competitividade, como o de calçados. (CAS) Texto Anterior: BC descarta "maluquice" no câmbio Próximo Texto: Governo esconde motivo do rombo Índice |
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