São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 1996
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Serviços ficam mais caros no BB a partir de amanhã

RODNEY VERGILI; GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

O Banco do Brasil estará cobrando mais por seus serviços a partir de amanhã. Entre os grandes, é o primeiro a reajustar as tarifas neste ano, e provavelmente será seguido nesta decisão, pois essas receitas ganharam importância após o Plano Real.
Levantamento da consultoria Austin Asis com base em 20 balanços de bancos para 1995 mostra que as receitas com empréstimos e com tarifas mais do que compensaram o aumento da inadimplência. Com isso, os bancos acabaram ampliando seus lucros em 95.
A partir de amanhã, um DOC "c" (transferência de crédito para outro banco) custará R$ 9,00 no BB, contra R$ 6,60 cobrados no ano passado. Reajuste de 36,36%.
O segundo talão de cheques no mês passa de R$ 3,40 para R$ 4,50 (mais 32,35%), e uma ordem de pagamento, de R$ 9,00 para R$ 15,00 (mais 66,67%). O BB lembra que clientes preferenciais conseguem tarifas também preferenciais, prática normal no sistema.
Pesquisa feita na semana passada pela Folha, entre oito bancos, revelou que eram praticadas as mesmas tarifas de novembro passado, apesar da virada do ano e da entrada em vigor do seguro bancário, para o qual as instituições contribuem com 0,025% mensais sobre os saldos de contas correntes, CDBs e poupança.
Só o Boston já tinha reajustado, mas apenas algumas tarifas.
Pelo levantamento da consultoria Austin Asis, o retorno (lucro líquido) sobre o patrimônio (recursos próprios) de 20 bancos analisados passou de 13,5% em 1994 para 14,1% no balanço de 95.

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