São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 1996
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Receita de tarifas sobe 48% em 95

RODNEY VERGELI
DA REDAÇÃO

As receitas com serviços de 20 bancos analisados pela consultoria Austin Asis passou de US$ 962,9 milhões em dezembro de 1994 para US$ 1,43 bilhão no mesmo período de 95, com mais 48,5%.
Os balanços revelam ainda que as receitas com empréstimos cresceram US$ 3,3 bilhões de 94 para 95, com evolução de 73%.
Isso compensou a queda da receita com "float" (dinheiro que fica parado na conta corrente e o banco aplica). Essa receita, chamada de lucro inflacionário, chegou a US$ 1,82 bilhão em 94 e caiu para US$ 170,4 milhões ao final de 95.
Erivelto Rodrigues, diretor da Austin Asis, observa que o dinheiro obtido com essas operações de tesouraria representava 55% da receita dos bancos com intermediação em 94, caindo para 5%.
Os juros dos empréstimos eram responsáveis por 46% das receitas dos bancos com intermediação em 1993 (antes do Real). Nos balanços de 95, contribuíram com 67%.
O aumento nos atrasos de pagamentos no primeiro semestre do ano passado tornou os bancos mais cautelosos, mas mesmo assim houve crescimento no volume total de empréstimos em 6%, passando de US$ 12,6 bilhões em dezembro de 1994 para US$ 13,4 bilhões no mesmo período de 95.
O lucro dos bancos analisados passou de US$ 1,02 bilhão em 94 para US$ 1,26 bilhão em 95, mesmo com o aumento na provisão para devedores duvidosos (inadimplentes) de US$ 1,3 bilhão no mesmo período.
Isso significa que, se os bancos não tivessem feito boa provisão para perdas com crédito, os lucros seriam ainda maiores.
(RV)

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