São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 1996 |
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Mercado de trabalho tem realidades diferentes para homens e mulheres
CARLA ARANHA SCHTRUK
"Existe preconceito. Quando a executiva com mais de 40 anos consegue uma recolocação, geralmente há um retrocesso na carreira", afirma Ana Maria Cadavez, 47, gerente da consultoria KPMG. Mafalda de Sousa, 40, secretária com 20 anos de experiência na função, diz que sofreu o problema na pele, no ano passado, quando ficou desempregada por seis meses. "Existe uma recusa do mercado em valorizar e aceitar mulheres com mais de 35 anos. Em muitas empresas, elogiavam muito minhas habilidades e minha experiência, mas diziam que preferiam alguém mais jovem", afirma. Segundo Ana Maria, da KPMG, a origem do problema não está só no mercado de trabalho. Segundo ela, apenas 33% das mulheres realmente se envolvem com a carreira e investem na profissão. O restante das mulheres, diz, trabalha porque precisa do dinheiro ou porque se sente coagida pela sociedade, que valoriza quem tem emprego. Há quem não concorde. Para o consultor Walter Dias de Carvalho, 55, da Senso, as empresas não fecham as portas para as executivas. "Não é inteligente desconsiderar um candidato só porque é do sexo feminino." Texto Anterior: Quiosque multimídia agiliza comunicação em empresas Próximo Texto: Perfil do candidato é rigoroso Índice |
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