São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 1996 |
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Tibete tem maior projeção
JAIME SPITZCOVSKY
Seu separatismo desponta como o de maior projeção internacional entre os movimentos que preocupam Pequim. A China promoveu a ocupação militar do Tibete na década de 50, mas argumenta que seu controle sobre a região data do século 13. Cita, por exemplo, acordos firmados entre religiosos tibetanos e imperadores em Pequim. Os nacionalistas tibetanos rejeitam a tese chinesa ao afirmarem tradição de independência. Sua resistência também se baseia na prática religiosa, que Pequim insiste em colocar sob seu controle. A longa tradição de independência religiosa do Tibete fomenta a resistência. Em 1959, uma rebelião fracassou e obrigou o Dalai Lama, principal líder dos budistas tibetanos, a fugir para o exílio na Índia. O Dalai Lama passou a percorrer o planeta para divulgar a questão tibetana e em 1989 ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Para o Partido Comunista, ele representa um "oportunista que usa a religião para tentar dividir o país". A China mantém uma significativa presença militar na região. Em setembro, os EUA acusaram Pequim de aumentar a perseguição a religiosos e desrespeitar direitos humanos, para impedir organização dos nacionalistas. (JS) Texto Anterior: China anula fatores que extinguiram URSS Próximo Texto: Muçulmanos desafiam Pequim Índice |
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