São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Muçulmanos desafiam Pequim
JAIME SPTZCOVSKY
Em 1995, a violência praticamente desapareceu, para alívio de Pequim. Mas a ameaça permanece, e a região muçulmana do Xinjiang corresponde a um de seus principais pesadelos separatistas. Os chineses da população han correspondem a 38% dos 16 milhões de habitantes do Xinjiang. Na Província, predominam os uigures, que, do ponto de vista linguístico, cultural e religioso, estão mais próximos dos turcos. O sentimento separatista se intensificou em 1991, com o fim da URSS. Ganharam independência repúblicas habitadas por muçulmanos na fronteira com Xinjiang. Mas os separatistas uigures não receberam apoio dessas repúblicas. Quirguistão e Cazaquistão preferem preservar sua relação com o poderoso vizinho a desafiá-lo para obter poucas vantagens econômicas e políticas. Sem apoio externo, os separatistas sofreram outro revés: o crescimento econômico atingiu cerca de 10% nos últimos anos. A chegada de uma relativa prosperidade anestesiou sonhos de reviver a República Oriental do Turquestão, de curta vida nos anos 40. (JS) Texto Anterior: Tibete tem maior projeção Próximo Texto: Mongóis sonham com reunificação Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |