São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 1996
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Fonoaudióloga analisou cerca de 1.500 bebês

OTÁVIO DIAS
DE LONDRES

A fonoaudióloga Sally Ward é uma das diretoras do Centro de Fala, Linguagem e Audição de Christopher Place, em Londres.
O centro é uma instituição de caridade que atende crianças de até 5 anos, financiado com fundos do Governo, contribuições de pais e doações.
Há dez anos, Ward iniciou, na cidade de Manchester (Reino Unido) pesquisa para detectar dificuldades de comunicação em bebês de 9 meses.
Ao visitar suas casas, Ward descobriu que, na maioria delas, os bebês estavam expostas a elevado nível de barulho -de TV, vídeo ou rádio- durante muitas horas por dia.
"Em muitas casas, a TV estava ligada o tempo todo. Muitas crianças passavam horas seguidas em frente à TV."
Na segunda etapa do estudo, 150 bebês com dificuldades de comunicação foram selecionados.
As famílias de 75 deles foram instruídas e desligar a televisão e outros aparelhos durante a maior parte do dia e a dedicar mais tempo a se relacionar com as crianças.
Durante os meses seguintes, essas famílias foram visitadas com frequência. Os pais das outras 75 crianças não receberam qualquer orientação. Quando as crianças atingiam 3 anos, foram reavaliadas.
Os resultados mostraram que as crianças cujos pais haviam recebido instruções tinham recuperado o atraso no desenvolvimento da linguagem. A outra metade continuava a apresentar problemas de comunicação.
(OD)

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