São Paulo, terça-feira, 13 de fevereiro de 1996 |
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FHC e deputado lutam por título de sovinice
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
O presidente contou que "há muitos anos" não anda com nenhum dinheiro no bolso. Inquirido se não levava dinheiro nem nas viagens ao exterior, disse que não: "Só viajo a convite". Para ilustrar, contou a história de uma viagem ao exterior em que encontrou um amigo no início da jornada. Ele carregava US$ 1.500 e emprestou um terço disso a FHC. No final da viagem, os dois voltaram a se encontrar. O amigo gastara os US$ 1.000, FHC devolveu os seus US$ 500 intactos. Fernando Henrique conseguiu chegar a esse "estado da arte" do pão-durismo graças, em boa parte, aos cargos públicos que tem exercido. Desde 92, quando virou ministro, ele tem direito a regalias inacessíveis à maioria dos mortais, como carro com motorista. Mas desde os tempos de senador ele já era conhecido em Brasília pela ojeriza a pagar contas de restaurantes caros. Sempre contou com a boa vontade dos amigos. O campeonato de sovinice começou a propósito de um fato contado por José Múcio -ele próprio um rico membro da elite pernambucana. O deputado diz ter o hábito de ir ao teatro na saída do espetáculo para ouvir a opinião do público. Só se os comentários forem favoráveis ele volta no dia seguinte para assistir à peça. Texto Anterior: O novo ataque Próximo Texto: Bresser diz que não negocia com a CUT Índice |
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