São Paulo, terça-feira, 13 de fevereiro de 1996
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Países tentam evitar que plano fique só no papel

DANIELA FALCÃO
DE NOVA YORK

As delegações da Austrália, Índia e Paquistão estão solicitando que a cúpula do Habitat 2 crie mecanismos que assegurem que ao menos parte das recomendações do Plano de Ação do Habitat 2 sejam adotadas por todos os países signatários imediatamente após o fim da conferência.
A proposta australiana é de que sejam listadas algumas ações que todos os governos se comprometam em implantar em seus países até o ano 2000. A delegação da Austrália quer que o Habitat 2 fique conhecido como a conferência dos compromissos.
"As questões que serão discutidas no Habitat 2 não podem ficar só no papel, como já aconteceu em várias conferências da ONU. Temos que garantir que ao menos parte delas virem realidade", afirmou à Folha Julian Disney, membro da delegação da Austrália.
Já a preocupação da Índia e Paquistão é com a falta de compromissos dos países desenvolvidos sobre a cooperação internacional.
A delegação paquistanesa sugeriu que seja feito um documento que especifique as responsabilidades da ONU na implementação do plano após o fim da conferência.
A proposta da Índia foi de que seja criado um grupo responsável por monitorar o comportamento dos países signatários do documento nos próximos anos.
A sugestão é de que o secretário-geral do Habitat 2, Wally N'Dow, coordene este grupo. Ou então, que seja criado um comitê de ONGs (organizações não-governamentais) para acompanhar o cumprimento do Plano de Ação.
ONGs do Reino Unido sugerem a criação de um comitê com membros da diretoria do Habitat e da sociedade civil. Além de controlar a implementação do plano, o comitê organizaria conferências regionais sobre o assunto.
(DF)

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