São Paulo, terça-feira, 13 de fevereiro de 1996 |
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Favela volta à rotina com fim das gravações
CLÁUDIA MATTOS
Apesar de orgulhoso por ter tido sua casa escolhida para camarim de Jackson, Silva lamentou a "muquiranice" dos produtores. "Eles queriam dar só R$ 300 para a gente e disseram que o orçamento era pequeno. Eu é que chorei um pouquinho e consegui mais R$ 80", afirmou Silva. "Se pelo menos eu estivesse aqui quando eles fecharam o negócio com a minha mulher... Eu pediria uns R$ 5.000, para acabar fechando em R$ 3.000", disse. O assunto de ontem no Dona Marta rfoi obviamente Michael Jackson. Até na boca de fumo da favela, onde o movimento voltou ao normal apesar da presença dos policiais, comentava-se com ele "é branquinho e simpático". Os moradores da favela não gostaram de ver nos jornais a alegação de que todos os seguranças locais pertenciam ao tráfico. "O serviço reservado da Polícia Militar esteve aqui e pegou nome, endereço e identidade de cada um dos 60 caras do morro que trabalharam na segurança. Como é que eles podem ser traficantes?", alegou José Luiz Oliveira, presidente da associação de moradores. Oliveira, que no dia da gravação afirmou que houve negociação entre produtores e traficantes para a gravação do clipe, ontem voltou atrás. Ele disse que só tomou conhecimento do assunto nos jornais. Mas acredito que o Spike Lee tenha dito a verdade. Ele não tem motivos para mentir". Texto Anterior: 'Polícia tem pouca autoridade', diz Spike Lee Próximo Texto: Passeio causa engarrafamento de helicópteros Índice |
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