São Paulo, terça-feira, 13 de fevereiro de 1996
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'Jornal' vê jornalismo sem mito

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

Para o bem e para o mal, o cinema tem um antigo fascínio por jornalismo e jornalistas. Estes últimos têm sido heróicos (em "Todos os Homens do Presidente") ou vilanescos ("A Montanha dos Sete Abutres"), conforme o filme.
Se "O Jornal" (Telecine, 21h) está longe de figurar na vasta galeria de obras-primas que o jornalismo suscitou, mas tem o mérito de trabalhar esse tipo de atividade, no essencial, fora do registro mítico.
Mais do que bastiões da ética (ou da falta de), os profissionais que circulam na tela são dotados de problemas e ambições similares aos de outros seres (apenas com um pouco mais de urgência, talvez).
A simplicidade do filme de Ron Howard contrasta com a exuberância plástica de "Os Amantes da Pont-Neuf" (Eurochannel). O diretor, Leos Carax, é um dos que tentaram mudar o cinema francês nos anos 80 com histórias vazias e uma estilização violenta.
Não mudaram, felizmente. Mas admita-se que Carax é um bom narrador.
(IA)

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