São Paulo, terça-feira, 13 de fevereiro de 1996
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Pop perfeito foi a marca do Love de Arthur Lee

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REDAÇÃO DISCO: LOVE STORY - 1966-1972

Grupo: Love
Lançamento: Elektra (importado)
Quanto: R$ 40, em média
Onde encomendar: Baratos Afins (tel. 011/223-3629)

A música dos anos 90 é, de certa forma, o refluxo do som que o Love fazia nos anos 60. Se o som acústico é a regra nos dias que correm (à exceção de nomes como Beck, discípulo do Love), o que Arthur Lee e seu grupo queriam, nos 60, era dissolver as fronteiras entre o acústico e o elétrico.
O que pauta a carreira discográfica do grupo, sintetizada com precisão na coletânea dupla de nome ideal "Love Story - 1966-1972", é a introdução de elaborados arranjos de cordas espanholados no arroz com feijão do rock.
É este o encanto do disco "Forever Changes" (68), um dos mais originais da história do pop. Foi incluído na íntegra na coletânea.
Uma trinca de canções, em especial, reflete o efeito avassalador da interação acústico-elétrico: "Alone Again Or", "A House Is Not a Motel" e "Maybe The People Would Be the Times". Foram gravadas juntas, em três horas, e se inscrevem no rol das melodias pop mais perfeitas já criadas.
Mas Love não é só "Forever Changes". A coletânea também explora bem seus antecessores "Love" (66) e "Da Capo" (67).
Ouvir Love faz lembrar que o grupo era norte-americano, como, na mesma época, eram Beach Boys, Byrds, Velvet Underground. E ainda se diz que a invasão britânica -de Beatles e Stones- foi o que de melhor produziu o pop dos 60...
(PAS)

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